sexta-feira, 16 de novembro de 2012

16,17,18 de Novembro


Ano B - 16 de novembro de 2012

Lucas, 17,26-37

Aleluia, aleluia, aleluia.
Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17 26 “Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo modo nos dias do Filho do Homem. 

27 Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos. 
28 Também do mesmo modo como aconteceu nos dias de Lot. Os homens festejavam, compravam e vendiam, plantavam e edificavam. 
29 No dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou todos eles. 
30 Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem. 
31 Naquele dia, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa não desça para os tirar; da mesma forma, quem estiver no campo não torne atrás. 
32 Lembrai-vos da mulher de Lot. 
33 Todo o que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; mas todo o que a perder, encontrá-la-á. 
34 Digo-vos que naquela noite dois estarão numa cama: um será tomado e o outro será deixado; 
35 duas mulheres estarão moendo juntas: uma será tomada e a outra será deixada. 
36 Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado”. 
37 Perguntaram-lhe os discípulos: “Onde será isto, Senhor?” Respondeu-lhes: “Onde estiver o cadáver, ali se reunirão também as águias”. 
Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
O DIA DO FILHO DO HOMEM
Muitos cristãos da comunidade primitiva, não vendo realizar-se sua esperança do fim do mundo, corriam o risco de levar uma vida acomodada e monótona, como se tivessem perdido o sentido de viver. Foi necessário chamar-lhes a atenção para o risco desta atitude inconsiderada e pessimista. O alerta visava não deixá-los esmorecer na caridade, e manter assim, viva a chama da esperança.

Os discípulos de Jesus não deveriam ser tomados de surpresa, como havia acontecido com o povo por ocasião do dilúvio. Sua vida despreocupada, centrada nos prazeres, dispensava Deus e seus apelos de conversão. Esse povo preferiu levar uma vida de impiedade, indo de pecado em pecado, como se o seu futuro já estivesse garantido.
Bem outra foi a situação do justo Noé, temente a Deus e submisso à sua vontade. Ele foi salvo por não ter se deixado corromper pelo pecado que grassava na sociedade, mantendo-se fiel a Deus e não se desviando pelo caminho do mal.
O cristão, realmente preocupado com a volta do Senhor, não se acomoda. Embora veja a fé de muita gente arrefecer, persevera na prática do amor e da misericórdia. É a forma de conservar sua vida, como Jesus recomendou.

Oração

Senhor Jesus, que eu não caia num estilo de vida acomodado, esquecendo-me de que é pela prática do amor e da misericórdia, que eu me preparo para o encontro contigo.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)

Ano B - 17 de novembro de 2012

Lucas 18,1-8

Aleluia, aleluia, aleluia.
Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 18 1 Jesus propôs aos seus discípulos uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo. 

2 “Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma. 
3 Na mesma cidade vivia também uma viúva que vinha com freqüência à sua presença para dizer-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. 
4 Ele, porém, por muito tempo não o quis. Por fim, refletiu consigo: ‘Eu não temo a Deus nem respeito os homens; 
5 todavia, porque esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, senão ela não cessará de me molestar’”. 
6 Prosseguiu o Senhor: “Ouvis o que diz este juiz injusto? 
7 Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los? 
8 Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?” 
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
ORAR SEM DESANIMAR
Jesus serviu-se de um fato da vida cotidiana para recomendar aos discípulos a rezar sem desanimar, e manter firme a esperança de serem atendidos por Deus.
Uma pobre viúva, não tendo como fazer valer seus direitos, recorreu a um juiz, cuja fama era de não ser temente a Deus, nem ter respeito pelas pessoas. Por ser mulher, pobre e viúva, ela estava em total desvantagem. Sendo mulher, não tinha nenhum prestígio, numa sociedade onde só o homem tinha valor. Sendo pobre, carecia de recursos materiais para se confrontar com o explorador. Sendo viúva, não tinha amparo social. Sem dinheiro, só podia contar com a honestidade dos juízes. Ela, porém, não se deu por vencida. Enfrentou a situação, com garra e determinação, até que o juiz fizesse valer o seu direito. Sua vitória foi fruto da perseverança.
Diante disso, os discípulos foram instados a recorrer, com perseverança a Deus, justo juiz, na certeza de serem atendidos. Se um juiz iníquo, sem fé e sem lei, foi demovido de sua insensibilidade por causa da insistência de uma pobre viúva, de quanto mais será capaz o discípulo que pede, sem desfalecer, ao Pai de misericórdia! 
Todavia, é preciso ter uma fé inabalável. Existia, realmente, no coração dos discípulos, uma fé assim? 

Oração 
Senhor Jesus, dá-me uma fé firme, que me leve a rezar sempre, na certeza de ser atendido pela misericórdia do Pai.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE )

Ano B - 18 de novembro de 2012

Marcos 13,24-32

Aleluia, aleluia, aleluia.
É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Lc 21,36)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.

Naquele tempo, 13 24 disse Jesus a seus discípulos: “Naqueles dias, depois dessa tribulação, o sol se escurecerá, a lua não dará o seu resplendor; 

25 cairão os astros do céu e as forças que estão no céu serão abaladas. 
26 Então verão o Filho do homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória. 
27 Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu. 
28 Compreendei por uma comparação tirada da figueira. Quando os seus ramos vão ficando tenros e brotam as folhas, sabeis que está perto o verão. 
29 Assim também quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está próximo, às portas. 
30 Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. 
31 Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. 
32 A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, mas somente o Pai”. 
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO
O modo como Jesus descreveu o fim dos tempos se encaixava no horizonte teológico da época. De fato, esperavam-se abalos sísmicos e outros fenômenos terríveis, quando Deus interviesse, definitivamente, na História. 
A intenção de Jesus, porém, não era a de incutir terror no coração dos discípulos e, assim, convertê-los em fanáticos anunciadores do fim do mundo. Seu único desejo era o de levá-los a permanecer vigilantes, de maneira a estarem sempre preparados para o encontro com o Senhor. 
A parábola da figueira aponta nesta direção. O agricultor atento sabe quando a árvore está para frutificar. Igualmente, o discípulo, quando discerne, sabe reconhecer quando se aproxima a vinda do Senhor, e tem consciência de estar preparado para recebê-lo.
A exortação de Jesus não tem um tempo limitado de validade. Seu valor é eterno, como eternas são todas as palavras de Jesus. Elas não passarão, embora tudo o mais perca seu valor. Assim, é absolutamente certa a vinda do Filho do Homem e a necessidade de manter-se vigilante e preparado para acolhê-lo. É, também, firme a palavra do Senhor que apresenta o amor como critério do juízo final, a recompensa para quem se mantiver fiel e a comunhão definitiva com o Pai, como destino último do cristão. Por conseguinte, o discípulo sensato deixa-se guiar pelas palavras de Jesus, de forma a evitar contratempos.

Oração 
Senhor Jesus, que eu me deixe guiar por tuas palavras, e me mantenha vigilante, na caridade, à tua espera.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE )

Fonte (http://domtotal.com/religiao/meu_dia_com_deus/evangelho_dia.php)