sábado, 10 de novembro de 2012

10 de novembro


Ano B - 10 de novembro de 2012

Lucas 16,9-15

Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor 8,9).






Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 16 9 disse Jesus aos seus discípulos: “Fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos. 
10 Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes. 
11 Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras? 
12 E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? 
13 Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. 
14 Ora, ouviam tudo isto os fariseus, que eram avarentos, e zombavam dele. 
15 Jesus disse-lhes: “Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus vos conhece os corações; pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus”. 
Palavra da Salvação.


Comentário do Evangelho

SER FIEL EM TUDO

O discípulo prima pela fidelidade total ao Reino. Não abre mão de ser fiel nem nas pequenas coisas. Sua vida, portanto, não está dividida entre a fidelidade a Deus e a fidelidade ao dinheiro. É impossível conciliar as exigências de ambos. Por isso, quem ama a Deus recusa-se a nortear sua vida pelas exigências do dinheiro. Quem ama o dinheiro é porque não aceita ser guiado pela vontade de Deus.

Enquanto o amor a Deus exige a partilha dos bens, o amor ao dinheiro leva a concentrá-los. Quem ama a Deus, vê no próximo um irmão a quem deve amar e socorrer. Quem ama o dinheiro transforma-o em objeto de exploração e não tem escrúpulos de usá-lo para satisfazer os próprios caprichos. 

O amor a Deus leva, também, a amar a natureza, à qual se busca proteger e preservar. O amor ao dinheiro, quando se visa somente o lucro, considera-a como fonte inesgotável e barata de riqueza e dela usufrui, sem remorso de destrui-la. O amor a Deus leva o discípulo a pautar sua vida pela Lei de Deus. O amor ao dinheiro incentiva o indivíduo a orientar-se pelo próprio egoísmo, transformado em lei suprema de seus atos.

Não existe meio termo, quando o discípulo é colocado diante destas duas opções. Por outro lado, é inútil querer acobertar, com ares de piedade, suas más ações, movidas pelo amor ao dinheiro. Deus conhece o coração das pessoas e sabe em quem ele está centrado.

Oração 

Senhor Jesus, dá-me um coração indiviso, centrado unicamente na vontade do Pai, e que não se deixa contaminar pelo amor ao dinheiro.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

09 de novembro


Ano B - 09 de novembro de 2012

João 2,13-22

Aleluia, aleluia, aleluia.

Esta casa eu escolhi e santifiquei, para nela estar meu nome para sempre (2Cr 7,16).



Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João. 

2 13 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. 

14 Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas. 
15 Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. 
16 Disse aos que vendiam as pombas: “Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes”. 
17 Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: “O zelo da tua casa me consome”. 
18 Perguntaram-lhe os judeus: “Que sinal nos apresentas tu, para procederes deste modo?” 19 Respondeu-lhes Jesus: “Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias”. 
20 Os judeus replicaram: “Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu hás de levantá-lo em três dias?” 
21 Mas ele falava do templo do seu corpo. 
22 Depois que ressurgiu dos mortos, os seus discípulos lembraram-se destas palavras e creram na Escritura e na palavra de Jesus. 
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
1. O templo, lugar santo. O antigo templo de Israel foi construído por Salomão que viveu por volta do ano de 960. O Templo está edificado com grande suntuosidade e custodiava "a arca da aliança". No deserto, Deus se encontrava com Moisés na tenda. Davi, pai de Salomão, pergunta-se, por sua vez, como é possível que ele viva num palácio e o Senhor numa tenda. Contudo, sabia-se que Javé não poderia estar contido num templo feito por obra de mão humana. Salomão mesmo na oração da dedicação do templo de Jerusalém exclama: "Mas será que Deus pode realmente morar sobre a terra? 

Se os mais altos céus não te podem conter, muito menos esta casa que eu construí! Mas atende, Senhor meu Deus, à oração e à súplica do teu servo, e ouve o clamor e a prece que ele faz hoje em tua presença. Teus olhos estejam abertos noite e dia sobre esta casa, sobre o lugar do qual disseste: ‘Aqui estará o meu nome!’ Ouve a oração que o teu servo te faz neste lugar." (I Re 8, 27-29). Notamos, portanto, a tensão entre a transcendência de Javé e a tentativa de colocá-lo num lugar determinado, o templo. Anteriormente Salomão já tinha escutado a seguinte advertência: "Por esta Casa que estás edificando, se caminhas segundo meus preceitos, ages segundo minhas sentenças e guardas todos os meus mandamentos para andar conforme eles, eu cumprirei minha palavra contigo, a que disse a Davi teu pai, habitarei em meio dos filos de Israel e não abandonarei meu povo Israel". Assim se tentava superar a antinomia: de fato, Javé habitará no templo, se o povo caminha segundo os preceitos e sentenças recebidas. 

O templo foi para Israel a sede da presença divina. O templo da casa de Deus, especialmente quando a arca da aliança é nele introduzida. A nuvem encheu templo do Senhor (I Re 8, 10). Graças à presença de Javé, o templo é o lugar do culto e da oração. Quando Ezequias recebe a carta ameaçadora de Senaquerib, a lê e sobe ao templo, abrindo a mesma diante do Senhor, rogando-lhe (II Re 19, 14). Os salmos e outras passagens bíblicas apresentam templo como a morada de Deus (Sal 27, 4; 42, 5). 

O templo também foi para Israel um sinal da escolha. Javé tinha decidido habitar naquele lugar, naquela cidade, e protegê-la do inimigo. O templo construído representava para os israelitas a fidelidade de Deus às suas promessas. Por esta razão, a destruição do templo por parte de Nabucodonosor foi um duro golpe para a fé de Israel. Esta pequena visão histórica nos ajuda a compreender melhor as características próprias do templo cristão. 

2. O templo cristão. Primeiramente, é conveniente ressaltar a atitude de Jesus sobre o templo judeu. "Jesus, como os profetas anteriores a Ele, teve pelo Templo de Jerusalém o mais profundo respeito. Nele foi apresentado por José a Maria quarenta dias após o seu nascimento. Com doze anos, decide ficar no Tempo para lembrar a seus pais que deve dedicar-se às coisas do Pai. Durante os anos de sua vida oculta, subiu ao Templo a cada ano, no mínimo por ocasião da Páscoa; até seu ministério público foi ritmado por suas peregrinações a Jerusalém para as grandes festas judaicas. Jesus subiu ao templo como lugar privilegiado de encontro com Deus. O Templo era para ele a morada e seu Pai, uma casa de oração, e se indigna pelo fato de seu átrio externo ter-se tornado um lugar de comércio. 

Seus discípulos lembram-se do que está escrito: ‘O zelo por tua casa me devorará’ (Sl 69,10). (Jo 2,16-17). Depois de sua ressurreição, os apóstolos mantiveram um respeito religioso pelo Templo. Contudo, no limiar de sua Paixão, Jesus anunciou a ruína desse esplêndido edifício, do qual não restará mais pedra sobre pedra. Há aqui o anúncio de um sinal dos tempos finais que vão abrir-se com sua própria Páscoa. Esta profecia, porém, pôde ser relatada de modo deformado por testemunhas falsas no momento do interrogatório de Jesus diante do sumo sacerdote, sendo-lhe atribuída como injúria quando ele foi pregado à cruz. Longe de ter sido hostil ao Templo, local que aliás, ministrou o essencial de seu ensinamento, Jesus fez questão de pagar o imposto do Templo, associando este a Pedro, que acabara de estabelecer como fundamento de sua Igreja futura. Mais ainda: identificou-se com o Templo ao apresentar-se como a morada definitiva de Deus entre os homens. Eis por que sua morte corporal foi decretada anuncia a destruição do Templo, (destruição) que manifestará a entrada em uma nova era da História da Salvação: ‘Vem a hora em que nem sobre esta montanha nem em Jerusalém adorareis o Pai’ (Jo 4, 21)." (Catecismo da Igreja Católica, 583-587) 

Portanto, Jesus respeita e venera o templo, mas sua paixão, morte e ressurreição indicam a destruição definitiva do templo, pois ele mesmo é o novo templo, onde verdadeira e definitivamente está a plenitude da divindade (cf. Col 2, 9). Diz o cardeal Ratzinger: "O culto cristão, ao contrário, considera definitiva e teologicamente necessária a destruição do templo de Jerusalém: no lugar dele está agora o templo universal de Cristo ressuscitado, cujos braços estendidos na cruz se dirigem para o mundo para atrair todos ao abraço do amor eterno" (Ratzinger J. Introduzione allo spirito della liturgia, p. 45). Em Jesus existe um novo templo e um novo e definitivo sacrifício. De agora em adiante existe um único sumo sacerdote com um único sacrifício. Tudo isso nos diz que a liturgia cristã é, por essência, universal, e se dirige a todos os povos da terra. 

Na maioria das religiões os templos não são lugares de reunião, mas espaços culturais reservados à divindade. No caso do templo cristão é diferente. O templo tomou o nome de domus ecclesiae (casa da igreja, casa da assembléia que se reúne). Assim, a palavra Igreja chega a significar não somente a comunidade reunida, mas também o edifício. Isso significa que é o próprio Cristo que celebra o culto. Ele é o culto dos fiéis nos momentos em que eles se reúnem. 

Hoje celebramos a dedicação ou consagração da domus ecclesiae por excelência, já que se trata da catedral do bispo de Roma, de modo que é "mãe e cabeça de todas as Igrejas de Roma e do mundo". A basílica de Latrão hospedou todos os papas a partir de Constantino até o ano de 1304. Nela realizaram-se cinco concílios (os dos anos 1123,1139,1179,1215, e 1512). 

3. O cristão, templo de Deus. A segunda leitura retirada da primeira carta aos Coríntios nos diz: Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. O templo de Deus é sagrado e vós sois este templo de Deus. Que grande dignidade tem o cristão: foi configurado com Cristo, pertence ao corpo de Cristo, é templo de Deus! O cristão é o lugar da manifestação de Deus. Quando lembramos hoje a dedicação da Igreja mãe de todas as Igrejas do mundo, lembremos também nossa condição de "Templo de Deus".

Oração
Ó Deus, que edificais o vosso templo eterno com pedras vivas e escolhidas, difundi na vossa Igreja o Espírito que lhe destes, para que o vôo povo cresça sempre mais, construindo a Jerusalém celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ano B - 08 de novembro de 2012
Aleluia, aleluia, aleluia. 

Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28).  



Lucas 15,1-10


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas




15 1 Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo.

2 Os fariseus e os escribas murmuravam: “Este homem recebe e come com pessoas de má vida!” 

3 Então lhes propôs a seguinte parábola: 

4 “Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? 

5 E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo, 

6 e, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: ‘Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido’. 
7 Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. 
8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma delas, não acende a lâmpada, varre a casa e a busca diligentemente, até encontrá-la? 
9 E tendo-a encontrado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: ‘Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido’. 
10 Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrependa”. 

Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A ALEGRIA DE DEUS
Os rigorosos fariseus e mestres da Lei esperavam de Jesus um tratamento duro para com os pecadores. Por isso, não viam com bons olhos a misericórdia que lhes era dispensada. Jesus acolhia os pecadores e comia com eles, com toda naturalidade, sem se importar com os preconceitos de que eram vítimas. Afinal,  fora enviado para salvá-los dos seus pecados.



A diferença entre a atitude de Jesus e a de seus adversários estava na maneira como cada qual via a imagem de Deus. Para estes últimos, essa imagem centrava-se na Lei. Portanto, um Deus legalista que se alegrava em ver as pessoas submissas a seus ditames rígidos e que marginalizava quem ousasse desrespeitá-los. Um Deus que cindia a humanidade em dois blocos: o bloco dos bons, correspondente aos praticantes da Lei, e o bloco dos maus, correspondente aos pecadores. Os primeiros eram dignos de elogios e salvação, os outros, dignos de censura e de condenação.
A teologia de Jesus era bem diferente. Para ele, Deus era o Pai misericordioso, cujo amor destina-se, em primeiro lugar, aos pecadores e marginalizados. Sua alegria não consiste em condená-los, e sim em vê-los convertidos, reencontrando o bom caminho. Os bons e santos, basta que continuem firmes no caminho da fidelidade. Quanto aos pecadores, o Pai vai ao encontro deles e fica feliz quando os reencontra.


Oração 



Senhor Jesus, ajuda-me a conhecer a imagem misericordiosa de Deus, que vai ao encontro dos pecadores e se alegra, quando estes se convertem.



(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)

Fonte (http://domtotal.com/religiao/meu_dia_com_deus/evangelho_dia.php)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

07 de novembro


Ano B - 07 de novembro de 2012

Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes sereis vós se fordes ultrajados por causa de Jesus, pois repousa sobre vós o Espírito de Deus (1Pd 4,14). Ano B - 07 de novembro de 2012
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 




Lucas 14,25-33



14 25 Muito povo acompanhava Jesus. Voltando-se, disse-lhes: 
26 “Se alguém vem a mim e não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 
27 E quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo. 
28 Quem de vós, querendo fazer uma construção, antes não se senta para calcular os gastos que são necessários, a fim de ver se tem com que acabá-la? 
29 Para que, depois que tiver lançado os alicerces e não puder acabá-la, todos os que o virem não comecem a zombar dele, 
30 dizendo: ‘Este homem principiou a edificar, mas não pode terminar’. 
31 Ou qual é o rei que, estando para guerrear com outro rei, não se senta primeiro para considerar se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? 
32 De outra maneira, quando o outro ainda está longe, envia-lhe embaixadores para tratar da paz. 
33 Assim, pois, qualquer um de vós que não renuncia a tudo o que possui não pode ser meu discípulo”. 

Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho

DECIDIR-SE COM PONDERAÇÃO


A decisão de seguir Jesus, por ser muito exigente, deve ser feita com muita ponderação. É indigno do discípulo ficar pelo caminho, sem atingir a meta fixada pelo Senhor. De sua parte, Jesus jamais pretendeu enganar seus seguidores, induzindo-os a assumir um projeto de vida, sem conhecer-lhe o teor.  Ele falou claro, para evitar frustrações.
O discípulo de Jesus deveria estar disposto a colocar o Reino acima de tudo. Mesmo as relações familiares ocupariam um lugar secundário, quando confrontadas com as exigências do Reino. Caso contrário, seria impossível fazer-se discípulo.  Por outro lado, a decisão pelo Reino comportaria perseguições, incompreensões e ódio para os discípulos. É a cruz inevitável do discipulado. Só quem está preparado para defrontá-la, poderá pôr-se no seguimento de Jesus.
Duas parábolas ilustram esta situação do discípulo. Ficará sujeito ao ridículo quem se puser a construir uma torre, sem verificar se tem condições para concluí-la. Está fadado à derrota quem vai lutar contra um exército mais forte, sem ter uma idéia exata do seu próprio potencial. Igualmente, quem pretende fazer-se discípulo de Jesus sem avaliar se está em condições de levar adiante este projeto, acabará por abandoná-lo na primeira dificuldade.

Oração


Senhor Jesus, reforça o que em mim é fraco, para eu perseverar no discipulado, sem me render diante das dificuldades.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)

Fonte (http://domtotal.com/religiao/meu_dia_com_deus/evangelho_dia.php)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

06 de Novembro


Ano B - 06 de novembro de 2012

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o senhor (Mt 11,28)


Lucas 14,15-24

Crédito imagem - blogs.diariodonordeste.com.br

Deus no fala (fonte Deus Conosco Dia a Dia – 6 Novembro)

Todos são convidados para o banquete celestial, e para participar dele á  a única condição de termos na vida as mesmas atitudes de Jesus. Não aceitar seu convite  é rejeitar a proposta de salvação que Ele nos oferece.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.



Naquele tempo, 14 15 a estas palavras, disse a Jesus um dos convidados: “Feliz daquele que se sentar à mesa no Reino de Deus!” 

16 Respondeu-lhe Jesus: “Um homem deu uma grande ceia e convidou muitas pessoas. 

17 E à hora da ceia, enviou seu servo para dizer aos convidados: ‘Vinde, tudo já está preparado’. 
18 Mas todos, um a um, começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: ‘Comprei um terreno e preciso sair para vê-lo; rogo-te me dês por escusado’. 
19 Disse outro: ‘Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te me dês por escusado’. 
20 Disse também um outro: ‘Casei-me e por isso não posso ir’. 
21 Voltou o servo e referiu isto a seu senhor. Então, irado, o pai de família disse a seu servo: ‘Sai, sem demora, pelas praças e pelas ruas da cidade e introduz aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’. 
22 Disse o servo: ‘Senhor, está feito como ordenaste e ainda há lugar’. 
23 O senhor ordenou: ‘Sai pelos caminhos e atalhos e obriga todos a entrar, para que se encha a minha casa. 
24 Pois vos digo: nenhum daqueles homens, que foram convidados, provará a minha ceia’”. 
Palavra da Salvação.


Comentário do Evangelho

O BANQUETE DO REINO

A resposta ao convite do Reino não pode ser adiada indefinidamente. Nem é sensato ficar se desculpando, pois esta é uma forma de rejeitá-lo. A paciência de Deus tem limites. Seu projeto de salvação não será frustrado pela má vontade humana.



A parábola do banquete sublinha a necessidade de assumir uma atitude responsável diante do apelo de Deus. Os convidados para a festa eram pessoas de gabarito: latifundiários, pecuaristas, homens respeitáveis. Quando chamados para o banquete, cada qual encontrou uma desculpa. 


As preocupações mundanas impediu-os de participar da alegria do Reino de Deus. E o apelo de Deus ficou sem resposta, pois exigia que superassem o apego desmedido às suas propriedades e se abrissem para a partilha e a comunhão. Eis uma grave falta de consideração para com Deus.


Quem preparara o banquete não se deu por vencido: mandou que a sala ficasse cheia de todos quantos fossem encontrados pelo caminho: pobres, aleijados, cegos e coxos. Esses não tinham como recusar o convite, seja porque necessitavam de alimento, seja porque não tinham nada que os impedisse de ir imediatamente. 



A conclusão é clara. Quem tem o coração apegado aos bens deste mundo não tem tempo para Deus. Só responde ao convite e participa das alegrias do Reino quem se coloca, como pobre, diante de Deus.

Oração 


Senhor Jesus, dá-me um coração livre, que saiba desapegar-se de tudo quanto me impede de responder, imediatamente, ao teu chamado. 


(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

05 de novembro


Ano B
Aleluia, aleluia, aleluia.
Se guardais minha palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8,31s). 

Lucas 14,12-14

    Crédito (biblesharingonline.wordpress.com)


Deus nos fala (fonte Deus Conosco Dia a Dia – 5 Novembro)

Na vida a humildade mostra-nos caminhos antes escondidos, e considera os outros mais dignos e mais merecedores que nós. Por isso, Jeus vem ensinar-nos com toda a sabedoria que é preciso dar lugar aos mais desprotegidos de nosso mundo; pobres, aleijados, excluídos.  Escutemos o Senhor e sua Palavra.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas. 

14 12 Jesus dizia ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos. Porque, por sua vez, eles te convidarão e assim te retribuirão. 

13 Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. 
14 Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos”. 

Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A RETRIBUIÇÃO DIVINA
O Reino insere, no coração humano, preocupações que superam a visão mundana da vida. Ele toca, até mesmo, coisas muito simples, qual seja a lista de convidados para um almoço ou jantar. Quem não pensa segundo o Reino, será levado a convidar pessoas que, no futuro, poderão retribuir-lhe o convite. Os ricos, neste caso, serão visados em primeiro lugar. 


O discípulo do Reino, porém, parte de outro critério. Escolhe exatamente os pobres e os excluídos, aqueles que não terão condições de oferecer-lhe nada em troca. Basta-lhe a retribuição que o Senhor reservou para quem se deixou guiar pelo amor. Sua felicidade consistirá em compartilhar, em saciar a fome do próximo, em proporcionar um momento de prazer a quem vive sob o peso da rejeição social e de suas próprias limitações físicas, em valorizar quem vive na condição de resto da sociedade.


O coração do discípulo deve manter-se imune de segundas intenções. É possível fazer um banquete e convidar os pobres e excluídos, com a intuito de ter o nome estampado nos jornais e ser objeto da admiração alheia. O discípulo não tem um espírito demagógico. Sua opção pelos pobres é fruto da comunhão com sua causa, porque são os preferidos de Deus. Ao colocar-se do lado deles, o discípulo tem motivos para esperar a retribuição do Pai.


Oração

Senhor Jesus, tira do meu coração todo desejo de receber retribuições humanas, mas esperar somente a que provém do Pai.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)

domingo, 4 de novembro de 2012


 04 de novembro

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vinde a mim, todos vós que estais cansados e penais a carregar pesado fardo, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28).



Católicos com Jesus - Liturgia Diária Comentada(clique na Bíblia)


                            

Ano B - 04 de novembro de 2012

Mateus 5,1-12

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus


5 1 Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. 

2 Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo: 
3 "Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! 
4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! 
5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! 
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! 
7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! 
8 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! 
9 Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! 
10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! 
11 Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. 
12 Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós".
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
BEM-AVENTURANÇA E SANTIDADE
Ao proclamar as bem-aventuranças, Jesus descreveu a dinâmica da santidade. Bem-aventurado é sinônimo de santo. Portanto, santos são os pobres em espírito, cujo coração está centrado em Deus e que rejeita toda espécie de idolatria. Com certeza, possuirão o Reino dos Céus. 

Santos são os mansos, que por não responderem a violência com violência, herdarão um bem inalcançável pelos violentos. 

Santos são os aflitos, que são impotentes diante de situações dramáticas, e não pretendem ter solução para tudo. Sua recompensa será a consolação de Deus. Santos são os famintos e sedentos de justiça, que não pactuam com a maldade, nem se deixam levar pela lógica da dominação. Deus mesmo haverá de realizar seu ideal e fazê-los contemplar o reino da justiça. 

Santos são os misericordiosos, cujo destino consistirá em viver a comunhão definitiva com o Deus-misericórdia. Santos são os puros de coração, que não agem com segundas intenções e nem falsidade, mas sim, com transparência. Por isso, serão recompensados com a visão de Deus, em todo seu esplendor. 

Santos são os promotores da paz, que procuram criar laços de amizade e banir toda espécie de ódio, a fim de que o mundo seja mais fraterno. Eles serão chamados filhas e filhos de Deus. 

Santos são os perseguidos por causa da justiça, os que lutam para fazer valer o projeto de Deus para a humanidade. 


Este é o caminho da santidade que todos somos chamados a percorrer.
Oração

Senhor Jesus, faze-me trilhar os caminhos das bem-aventuranças, que é o caminho da santidade.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE)